quarta-feira, 4 de maio de 2011

Justiça

Justiça: virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a atribuição do que é devido a cada um.
Neste livro, a ideia de justiça vai se modificando de personagem para personagem e de situaçao para situaçao, não sendo um conceito fixo para todos.
Durante a leitura do livro “alice no pais das maravilhas” podemos nos deparar com variadissimos conceitos de justiça. o conceito de justiça  no mundo de Alice, é uma acção exercida por alguém superior a todos, sendo neste caso o rei ou a rainha é que decidem a condenação do sujeito e não utilizam o grupo de Jurados para ajudarem estes a chegar a uma decisão.
Os varios exemplos de injustiças cometidas ao longo do livro-Ex:
quando Alice encontra o rato, este conta-lhe uma história, nessa história há uma “definição” de justiça: este conta a Alice que um dia ele foi acusado por uma Fúria de injúria capital sendo acusado sem direito a defesa (sem direito a julgamento, nem a tribunal), pois esta iria representar tanto o juiz e como o jurado da própria acusação. O rato apesar de ter achado esta situação injusta teve de aceitar as condições, pois estava sob o poder exercido pela Fúria (que era maior, mais poderosa e forte-lei do mais forte).
Na situação do rato, a Fúria é comparada ao  rei que tem o poder absoluto e que decide tudo e o Rato é comparado ao povo que é de certa maneira obrigado a aceitar  as consequências.
 Neste exemplo podemos comparar este tipo de justiça com a justiça feita à muitos séculos atrás, feitos na idade média, na qual era o rei quem decidia a condenaçao do jeito como mais lhe agradava.
Na situação do rato a Fúria é comparada ao rei que detém o poder absoluto e que decide tudo e o Rato é comparado ao povo que é de certa maneira obrigado a acartar com as consequências dos actos de outras pessoas ou até mesmo dos seus.
2º Ex: Capítulo 12 – “O Depoimento de Alice”,o Rei, pediu silêncio e leu em voz alta: - Regra número quarenta e dois: Todas as pessoas que tenham mais de mil e quinhentos metros de altura deverão abandonar o tribunal . Neste excerto, o Rei  inventa naquele momento esta nova regra a modo de fazer alice abandonar o tribunal.
Ao longo do tempo, o Rei e a Rainha vão chamando várias pessoas para depor,  mas isto não os vai ajudar a decidirem a condenação do Valete. Isto porque, eles não querem mesmo saber da opinião nem das histórias dos outros, pois o que interessa nesse tribunal é a decisão deles e não a dos outros. Na minha opiniao  eles so utilizam estes testemunhos, de forma a tentarem  esconder o seu poder de decisão para não aparecer  óbvio para o resto das pessoas naquele tribunal.
Quando o Coelho Branco, num determinado momento, recebe uma carta com nenhuma indicaçao  de quem escreveu e a quem se dirigida, o Rei e a Rainha, tentam culpabliza-lo, só para terem uma prova para o condenarem. Porém, esta carta não era de facto uma prova concreta a dizer que  o Valete tinha cometido o crime. Mas, como eles queriam culpabliza-lo de alguma maneira, estes inventavam  ao decorrer do tempo,  histórias e provas falsas para tentar provar aos outros presentes que o Valete era culpado dos seus actos. Este episodio acontece no Capítulo 12 – “Depoimento de Alice
Na minha opinião, as técnicas jurídicas utilizadas nesta obra são de certa forma injustas e egoístas. Esta liberdade que O Rei e a Rainha de copas possuem na obra, vai permitir que estes “inventem” as leis que quiserem sem consequências para condenar o sujeito em depor.
Conclusao: Com esta situação o autor quer de certo modo fazer uma crítica ao sistema de justiça da sua época e do seu país, pois este diz que o rei não devem ter o poder absoluto porque assim este pode fazer o que lhe apetecer, agindo conforme lhe apetece acusando injustamente a pessoa em questão, que normalmente não tem poder nenhum.
No mundo real a definição de justiça é oposta à do país das Maravilhas que representa a imaginação de Alice, no mundo real a justiça é uma coisa boa que geralmente é feita para combater legalmente o mal ou uma má acção que alguém cometeu e pela qual se deve ser acusado e consequentemente assumir as suas consequências.

Sílvia Amaral

Sem comentários:

Enviar um comentário