segunda-feira, 25 de abril de 2011

Exercício escrito- 23/3/11 - resposta à primeira pergunta

- Resposta à primeira pergunta



Esta passagem da obra Alice no país das maravilhas situa-se no capítulo II. Este trecho inicia-se pouco após a Alice ter comido um bolo, que fez com que ela ficasse tão alta que batia com a cabeça no tecto. Então, apareceu um coelho que, perante tal criatura, fugiu deixando para trás as suas luvas e leque, com o qual Alice começou a refrescar-se. Em seguida, Alice começa a questionar-se sobre quem realmente é e chora desalmadamente. Rapidamente percebe que o leque está a fazer com que ela diminua de tamanho e larga-o, Alice teria agora pouco mais de meio metro. Esta escorrega e cai num mar que não era mais do que as lágrimas por ela derramadas. 

António Afonso

sábado, 9 de abril de 2011

Correcção do teste de 23/03/2011

I
1.
Esta passagem situa-se no segundo capítulo do livro A Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.
Depois de crescer exponencialmente, Alice apercebe-se que já nem tem controlo nos seus próprios pés e cogita nas melhores maneiras de os poder calçar. Enquanto isto, Alice tem uma crise de identidade pessoal, não sabendo quem é realmente.
Ela está numa fase de transição entre a infância e adolescência. Nesta altura, dão-se muitas alterações numa pessoa. É isto que acontece com Alice, de uma forma um pouco exagerada. Nesta transição aparecem muitas dúvidas sobre quem somos, e Alice não é excepção.
Perante este repentino crescimento, Alice fica com dúvidas sobre quem ela é. Chega mesmo a pensar que pode ser alguma das suas amigas, Ada ou Mabel. A rapariga testa-se a si própria para tentar perceber se é alguma das duas amigas. Depois de um tempo de introspecção, Alice chora, pensando que ficará para sempre sozinha.
Dada a altura de Alice, as suas lágrimas formam um enorme rio, no qual ela nadará, quando, pouco tempo depois, voltar a diminuir.


2.
Perante uma brusca mudança física, Alice vê-se confusa quanto ao que é realmente, chegando a pensar: “deixa-me cá ver: seria eu a mesma pessoa quando me levantei esta manhã?” Com esta reflexão, Alice mostra que está a passar por uma crise de identidade pessoal. Chega o ponto (um tanto extremo e exagerado), de pensar que deixara de ser ela própria e se tornaria numa das suas amigas.
Alice está numa fase de transição, onde dúvidas como “Quem serei eu?” são frequentes. Mas ela chega mesmo a pensar que se tornou noutra pessoa, pois, no seu mundo tão próprio e com a sua imaginação e familiarização com o fantástico, tudo seria possível.
Estas dúvidas vão sendo combatidas ao longo da história, e Alice vai demonstrando mais confiança e maturidade.


3.
Vendo-se numa situação de dúvida e pensando que poderá ser alguma das suas amigas, Alice começa a auto-testar-se.
Depressa percebe que não pode ser Ada, pois, fisicamente, existem diferenças - Alice não tem um único caracol, enquanto que o cabelo de Ada se encontra cheio deles.
Resta-lhe ver se não se terá transformado em Mabel. Não repara em nenhum pormenor físico, concentrando-se apenas no que ela acha que melhor descreve Mabel – ignorância.
Alice não passa nos seus próprios testes de Matemática e Geografia e, por momentos, pensa que pode ser Mabel.
Um pouco depois, Alice pensa como será quando a forem procurar à toca. Ela diz que, perante um pedido que regresso, responderá “Então quem sou eu?” Se Alice estivesse ciente de que é Mabel não perguntaria isto. Possivelmente, ela não quer ser Mabel, pois não quer “ir viver para aquela casinha apertada, sem ter quase nenhuns brinquedos para brincar”.
Vê-se, então, novamente numa situação de dúvida. Não percebeu em quem se “transformou”.


4.
Tendo passado por todo o processo de introspecção, Alice continua sem perceber quem é realmente.
Mostra-se disposta a ser qualquer pessoa, na condição de gostar do escolhido – “se eu gostar dessa pessoa, eu subo; senão, fico cá em baixo ate ser outra pessoa qualquer”.
Vendo esta análise, percebemos que o conceito de identidade pessoal para Alice é algo muito vago. Para além de pensar que é outra pessoa, acha também que, com o decorrer do tempo, se poderá “transformar” ainda noutra.
Todo este espírito de inquietação e dúvida levam a rapariga a ficar sem saber quem é realmente.
A inquietação e o medo invadem-na e começa a chorar desalmadamente, pensando que ficará para sempre sozinha e que nunca saberá quem é.


II
1.
No livro Alice no País das Maravilha, existem várias marcas de referência ao termo justiça.
No primeiro caso participam a cadela, Fúria, e o rato. A cadela diz que quer condenar por “injúria capital”. O rato tenta defender-se, pedindo juiz e jurados. Perante tal sentença, a cadela afirma que ela própria seria juiz e jurada.
Dado que a cadela era maior e mais forte, o rato nada poderia fazer para se defender.
Outro exemplo é o julgamento de Alice por roubo de tartes. A rainha, que é mais forte, toma todas as decisões pois sabe que ninguém a poderá contrariar.
No livro Alice, ao falar de justiça, fala-se da chamada “lei do mais forte”, onde quem manda é o mais forte. Esta ideia está também presente no livro em termos de comida, pois, em diversas situações, se vê um animal comer outro, mais pequeno, mais fraco.
Ao inicio, Alice mostra desagrado face à ideia de justiça no seu país fantástico. Ela está habituada ao sistema de justiça do mundo real. É uma das vezes em que Alice pensa de acordo com a realidade e não com a fantasia.

III
Em Alice no País das Maravilhas, justiça é apresentada como “a lei do mais forte”. Decide sempre o mais forte, o maior, o que tem o poder… Não interessa se a razão está do lado do mais pequeno se ele não pode fazer nada para impedir os mais fortes, ou acaba na sua barriga!
Pessoalmente acho esta noção de justiça totalmente errada. Se, por exemplo, um homem grande, forte, corpulento, roubar uma rapariguinha de dez anos, este deverá sair impune? Deverá ser ele a decidir o que acontece? Como é óbvio, não. O senhor deverá ser castigado e o julgamento deverá ser feito por alguém totalmente imparcial.
A menina nada poderá fazer. Afinal, ela não pode lutar com o homem para recuperar o que é seu.
Segundo os meus padrões de justiça, os nossos direitos e deveres devem ser todos iguais, independentemente do nosso tamanho, cor de pele, crença religiosa, posição social…
Também acho que deve julgar alguém que não participou no crime. Essa pessoa deverá ser totalmente imparcial.
Justiça é isso mesmo, igualdade dos direitos. Pagar o mesmo pelo mesmo acto, independentemente de quem o realizou.
O conceito de justiça no livro da Alice existe naquele mundo de fantasia, mas tal não seria possível no mundo real.

Teste de Português

1.           Esta passagem da obra situa-se no segundo capítulo; cujo título é referente ao lago de lágrimas.
     Antes de Alice pegar o leque e as luvas tinha sofrido uma enorme tranformação ao comer o bolo; no qual nem ela própria se reconhecia; tinha aumentado significativamente o seu tamanho, e esse foi anteriormente um desejo de Alice para que conseguisse alcançar a chave que tinha ficado esquecida em cima da mesa e poder chegar ao jardim.
     No entanto, com esta diferença de altura, a menina acabou por entrar em conflito com ela própria e a sua identidade, como é descrito no diálogo que Alice tem com o seu pé, como se fosse exterior à própria Alice.
     É no meio deste misto de emoções que surge o coelho branco, que começa inicialmente o sonho de Alice, mas ía tão apressado que nem reparou na menina, deixando apenas cair as luvas e o leque, que são apanhadas pela Alice.
    A seguir a esta passagem do texto Alice percebe que está a diminuir mas ainda consegue largar o leque que a fazia decrescer como o pavio de uma vela.
     Alice, ao longo deste excerto, não se sente ela própria, sente-se “menos Alice”. Por este motivo, começa a decrescer e a ficar cada vez mais pequena até que se apercebe dos seus sessenta centímetros e se depara com o imenso mar de lágrimas que chorou; após uma longa reflexão sobre este mar e as suas vivências.
     Em seguida, aparece o rato que, após alguns conflitos com Alice promete levar a menina até terra.

2.         Ao longo de toda a obra, Alice necessita de vários momentos de reflexão consigo e sobre si.
   A menina entra no mundo em que tudo é extraordinário, entra num mundo de fantasia; mas que é o próprio mundo dela; as inseguranças os sonhos; a descoberta.           Alice sofre transformações ao longo da obra, que surgem na sequência do seu desejo, ou da necessidade da compreensão do seu interior.
    Ao longo dos vários capítulos, Alice interroga-se sobre “ Quem é?” “O que é?” e isto leva-a a questões sobre a sua personalidade e mudança. Neste âmbito, Alice utiliza esta expressão; que demosntra a transformação rápida e inesparada de Alice e desejo de se descobrir cada vez mais e melhor.

3.         Inicialmente, Alice afirma não ser a Mabel, devido à sua inteligência relativamente à menina da mesma idade. Neste momento, Alice diferência o facto da Mabel nunca poder ser ela; porque ela é; afirmando-se, assim, com confiança em relação a si própria. No entanto, logo de seguida, surge a incerteza e a dúvida. Por isso começa a testar os seus conhecimentos para conseguir concluir se é realmente a Mabel ou não. Após várias tentativas, Alice pensa ser realmenta a amiga devido, devido à sua falta de conhecimento, e decide que, se assim o for, quer ficar ali e não voltará para casa se não gostar da pessoa que realmente é. Mas, no final, Alice percebe que o que quer realmente é ir embora e não ficar ali sózinha, compreende afinal que é mesmo Alice e que, naquele momento, apesar as dúvidas e incertezas, o que mais quer é ser ela própria e poder voltar sem ter que estar ali sozinha.

III
    Justiça é uma palavra que tem vindo a sofrer várias alterações ao longo do tempo. Estas mudanças tem por base conseguir generalizar este conceito para todos, igualmente.
   Na minha opinião, há sem dúvida três bases em todas as sociedades: a política/ justiça; a educação e a saúde.
   A política, deve ser feita com justiça e sem esta relação jamais a política pode ser verdadeira.  A justiça implica várias coisas, como os direitos individuais , direitos sociais, direitos que conferem condições de convivência com os outros e vivências individuais de cada um de nós.
   Quando falamos em justiça, o direito à defesa de cada um é essencial, e a necessidade de punição, reuniram  a existência de tribunais, advogados e juizes para que, imparcialmente, ajudassem as pessoas a fazer a justiça nesta sociedade.
   Quando digo que a base de um país está na justiça refiro-me principalmente ao facto de ser impossível viver sem ela, sem direitos, e são estas condições que levam à evolução de um país. Sem elas, nenhuma sociedade terá oportunidade de crescer. A educação para a justiça é também um dado fundamental e sem dúvida os cidadãos educados conseguem agir em conformidade com a justiça , o que passa por pensarmos em nós, nos outros, mas principalmente na coerência entre estas duas partes que só pode ser alcançada com consciência cívica e noção de valor da justiça.
   O poder absoluto em nada ajuda à prática da justiça. Esta prática partilhada confere maior imparcialidade e rigor na sua aplicação. A forma da justiça deve ser principalmente considerada, independentemente do conteúdo que só deve surgir posteriormente.
   A minha ideia de justuiça opõe-se à descrita na obra de Lewis Carrol; mas assemelha-se à ideia do autor e à critica da justiça, que, apesar de se modificar na minha opinião , nem nos nossos dias consegue ser uma justiça realmente verdadeira e despromovida de interesses, tanto a justiça como órgão institicional como o valor de justiça.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Correcção do teste

Grupo III
Para mim a ideia de justiça no "País das Maravilhas" está completamente deslocada e errada. Ajustiça deve ser sobre a igualdade entre todos, sobre a imparcialidade de quem tem a autoridade para condenar ou desculpar. É a possibilidade de nos podermos defender, de termos o mesmo direito que os outros, de podermos fazer o mesmo que os outros.
No livro da "Alice no País das Maravilhas" a noção de justiça nada tem a ver com isso. Provas sem nexo são apresentadas no tribunal, o Rei ou juiz nada sabem sobre as regras, da forma como um julgamento deve decorrer, os jurados não sabem como devem estar, alguns até adormecem em pleno julgamento, outros deixam de escrever o que acontece, porque, depois de perderem o giz descobrem que não conseguem escrever com o dedo. ao serem apresentadas provas que são totalmente irrelevantes no caso, são tidas em conta como significativas com justificações que não lembra a ninguém respeitar mas no País das Maravilhas é perfeitamente normal.neste mundo, a justiça tem a ver com o poder de cada um, ao serem acusados não existe escapatória possível.
Não existe nada parecido com justiça nesse País das Maravilhas, algo que devia ser arbitrário e imparcial, sem interesse para quem esta a jurar não é tido em conta no País das Maravilhas.

Correcção do teste

Grupo I, pergunta 2
Alice começa a duvidar e quem é pois o dia não lhe parece ser um dia normal. a menina começa a questionar-se sobre a possibilidade de já não ser a mesma. pensa se a mudança ocorreu de manha ou depois de cair no enorme buraco, pois tinha sido uma queda muito longa. para averiguar se continua a ser a mesma Alice pensa em todas as meninas que conhece da sua idade e compara-se com elas. Ao aperceber-se que já não sabe tudo o que sabia acha que pode ter sido trocada com a Mabel. Alice começa a duvidar de si mesma,começando a achar que já não é ela, que já não sabe quem é, que já não é inteligente, que tudo mudou e isso assusta a menina. não saber quem é e duvidar de si mesma são coisas que Alice sente e das quais não gostam pois fá-la sentir-se frágil, constrangida, duvidosa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Correcção do Teste Perguntas 1, 4, e Grupo III

1. Esta passagem faz parte do capítulo II e dá-se logo a seguir a Alice comer o bolo que a faz crescer, e de ter assustado o Coelho Branco ao pedir-lhe ajuda. Alice encontrava-se no Átrio e queria arranjar uma forma de entrar numa porta que levava a um jardim. Infelizmente, Alice naquele momento era demasiado grande para entrar e nada pôde fazer senão pedir ajuda.
    Durante esta passagem Alice questiona sobre quem realmente seria, se era ela mesmo ou outra pessoa. Após tudo o que aconteceu até àquele momento, as coisas estranhas que se sucederam, Alice chega a um ponto no qual já não sabe o que se passa nem quem é. Esta passagem dá-se antes de Alice se aperceber que está a encolher devido ao leque que obteve do Coelho Branco.

4. Alice, sabendo que não é a Ada, não é a Mabel, e de certeza que não é Alice (segundo o seu pensamento), então, quem poderia ser ? É a pergunta para que Alice continua a tentar arranjar resposta. Perante a conclusão de que não é nenhuma delas e de que não consegue arranjar resposta à sua pergunta, Alice fica confusa, continua sem saber quem é e, se alguém vier buscá-la, ela só vai se lhe disserem quem é e se quiser ser essa pessoa, senão fica onde está até mudar. Alice, no entanto, já está tão cansada e confusa que desata a chorar e já não lhe interessa quem é, só quer ir embora.

Grupo III

  A Justiça é, e deveria ser nalguns casos, a possibilidade de responsabilizar os crimes das pessoas e defender a inocência das mesmas. A Justiça deveria ser feita de igual forma, independentemente do sexo, raça e religião. Nem a posição de uma pessoa deveria importar. Justiça e igualdade para todos. "Deveria", a palavra usada acima, aplica-se perfeitamente na realidade. A Justiça deveria ser tudo aquilo que referi acima, mas nem sempre o é. Durante um julgamento as pessoas juram não mentir e dizer só a verdade e mais nada. isto não acontece, nem por parte do acusado, nem, por vezes, por parte da Justiça. Antigamente, no tempo da Monarquia, os reis e os nobres, e quem quer que tivesse poder e influência, é que realizavam o julgamento e aplicavam a Justiça. Mas esta justiça, não era feita a partir de leis ou a partir da verdade, mas sim a partir da vontade daquele que tinha poder. eram eles que decidiam, não a "Justiça", e ninguém os podia contestar quer estivessem certos ou não.
  Hoje em dia pouco mudou, só o nome. De Monarquia, alguns passaram a Comunismo e outros a Democracia. Para alguém escapar à Justiça, como sempre, só precisam de dinheiro e, mais uma vez, este vem de pessoas com poder e influência. Simplesmente agora é mais subtil. Ainda assim, através de subornos e influência, os mais poderes conseguem sempre atropelar os mais fracos.
  Isto não é Justiça, isto é exactamente o que o livro "Alice no País das Maravilhas" tenta mostrar, isto era, e ainda é, em alguns casos, a suposta "Justiça".