segunda-feira, 21 de março de 2011

O Que É Para Mim Poesia?
Fui ao dicionário e procurei a palavra “poesia” e esta dizia: “ s.f. arte de fazer versos” boa!, perguntei a mim mesma “só isto?!” tanto falam as pessoas de que poesia é isto e aquilo e depois não a definem… talvez seja por isso mesmo, tal como o Amor todos têm uma mínima ideia do que é mas no entanto não o conseguem definir totalmente.
Do meu ponto de vista é um modo de expressão que revela uma maneira particular de ver aquilo que nos rodeia e apela mais para o nosso lado emocional do que intelectual. Recorre a todo o tipo de sentimentos desde a alegria à tristeza, do amor ao ódio, da paixão ao desinteresse… podendo servir de, a quem o interpreta, uma espécie de orientação ou apenas transmitir uma pequena mensagem que até àquela altura era necessária. É algo para além das letras e dos versos complexos, a poesia engloba tudo a nossa volta, para ver isso há que ler nas entrelinhas de cada estrofe, tentar entrar na cabeça do poeta e ter uma certa sensibilidade para poder sentir o que se sentiu quando o poema foi escrito.
         Uma simples estrofe pode ser uma história de vida, uma experiência, uma emoção, um ensinamento, um viver que muita gente procura e não encontra e quem lê poesia deve muitas das vezes identificar-se com uma ou mais situações, o que pode trazer algum conforto para a própria pessoa.
E para ser possível obter este efeito a poesia tem que ter, no mínimo, um ponto de sinceridade. À que notar que o que é dito é verdadeiro mesmo quando o autor o tenta esconder subtilmente.
Poesia é mais que versos formados sejam eles simples ou complexos, é um ensinamento para além do que se lê, de como agir, ponderar e até mesmo viver.
Jolei Pena

terça-feira, 15 de março de 2011

Justiça

No seguimento de uma conversa com Alice, o rato explica-lhe a verdadeira razão do seu ódio por cães e gatos. Conta que um dia, passou por uma situação, a eu ver, bastante injusta. Disse-lhe que fora, um dia, acusado por Fúria, uma cadela. Era acusado de injúria capital e iria ser julgado sem tribunal, onde a cadela seria juiz e jurada. O rato achou esta situação extremamente injusta, pois ele não podia fazer nada contra a cadela, que era grande e forte e ele, não passava de um ratinho. Claro que, como tudo, no livro A Alice no País das Maravilhas o conceito de justiça não é igual ao do mundo real. Estamos a falar de um mundo de fantasia. Um mundo onde os animais falam e vêem as horas e onde as pessoas encolhem e diminuem.
Nesta passagem encontra-se a primeira referência ao conceito de justiça no livro. Este conceito de justiça é apresentado nesta historia de uma forma muito “sui generis”, pois ao contrário do conceito que existe na sociedade normal, onde a justiça é feita nos tribunais com todos intervenientes que o ser humano achou necessário, juiz, jurados, advogados… nada disso se passa com Alice e o seu mundo de fantasia. Nesse mundo dela, o conceito de justiça é transmitido pura e simplesmente em proveito próprio de uma única pessoa e não da sociedade. Neste caso em particular, da cadela. Ela prescindia de tudo para alcançar o seu objectivo imediato, comer o rato, para realizar os seus próprios desejos, sem pensar nas consequências que poderiam ter.

Alice no pais das maravilhas - Poema

O poema em questão retrata o motivo pelo qual o gato não gosta de cães nem de gatos.
O Rato encontra a Fúria no quintal e esta diz-lhe que o tem de levar a tribunal o Rato não concordo pois sem juízes e jurados seria a azáfama total e não haveria justiça.
A justiça neste poema é muito escassa uma vez que existiria uma parcialidade imensa se estes animais fossem a tribunal uma vez que o juiz era um dos “arguidos” decidindo obviamente a seu favor. Por tanto, neste caso, a justiça seria de acordo com “ a lei do mais forte” estando o rato em inferioridade pois para além de ser mais pequeno as leis da natureza ditam que os gatos comem ratos apesar de neste caso ser comer simplesmente por comer.

O conceito de justiça no livro " a Alice no Pais das Maravilhas"

 Justiça: virtude moral que inspira o respeito pelos direitos de cada pessoa e a atribuição do que é devido a cada um.
 Nesta parte do texto existe uma referência interessante em relação ao conceito de justiça. E isto porque? Essencialmente porque não é um conceito como o que estamos habituados. nesta passagem, capitulo três do livro, reparamos que o acusador, o juiz e o jurado irão ser a mesma pessoa, segundo a fala do Fúria, e que tal não é assim tão descabido. Assim como é normal que existam animais que falam, coelhos com olhos cor de rosa, que usam coletes e que até vêm as horas... Para este sitio tudo isto é algo normal, o que nos faz pensar que é um sitio diferente.
 Voltando ao conceito de justiça, a partir desta parte do texto ficamos com a impressão de que a justiça é algo que é aplicado pelo "mais forte" e que não existem regras fixas. O que o mais forte achar correcto é o que irá acontecer. Não sendo preciso mais ninguém sem serem as pessoas em questão para aelaboraçao de um julgamento.
 Na minha opinião, é algo com um conceito que pouco ou nada tem a ver com o nosso conceito de justiça, nao apoia a igualdade, nem a requer a opinião de outros exteriores aos assuntos em questão.
   Conceito de justiça contido na página 35 do livro “Alice no País das Maravilhas”

Neste excerto podemos encontrar uma critica implícita à justiça.
  Ao iniciarmos a leitura nesta passagem da obra, o primeiro nome que surge é “Fúria”, uma  denominação que nos remete para uma conotação negativa, sendo esta a imagem tida pelo rato, que simboliza o réu e todos os cidadãos,   que olham para a justiça com alguma dúvida.
  Depois o rato apresenta o motivo pelo qual o querem levar a tribunal, e mostra também, que, apesar de ser infundado na sua prespectiva, a forma como isso é vantajoso para a cadela, que tinha desde o início o intuito de o comer.
  O rato diz claramente não gostar de cães e explica que esta inimizade, se deve ao modo como aquela cadela agiu consigo, mostrando um profundo sentimento de injustiça.
  Outro dos aspectos que podemos deduzir neste excerto, é o poder absoluto que é assumido pelos tribunais o que nem sempre os permite actuar da forma mais correcta; podemos observer esta critica quando a cadela assume um papel totalitário dizendo ser juiz e jurada, de modo a poder proceder como ambicionava.
  Podemos também concluir através do efeito visual apresentado por esta passagem, que a justiça é longa e turtuosa, tal como o angústia daquele rato em relação ao que à partida deveria ser e a maneira como realmente funciona.
  Numa outra vertente, podemos observar o domínio dos mais poderosos em relação aos desprotegidos, como nos é apresentado ao longo do livro e nesta história específicamente pela relação estabelecida a nível alimentar entre os animais.
  O conceito de justiça para o autor em nada corrobora com a forma que é aplicada; demonstrando-o através desta narração.

Alice no País das Maravilhas

Vivemos  num país de direito em que a justiça é a aplicação das leis pelos juízes, após a sua interpretação dos factos, ouvindo ou não a opinião dos jurados.

No caso apresentado no texto da obra “Alice no País das Maravilhas”, o gato Fury pretende fazer aquilo a que normalmente se denomina  justiça pelas próprias mãos, ou seja, ser  ele, enquanto cidadão comum, a julgar e a condenar à morte o rato, vingando-se assim deste.

Não devemos assim cometer o tipo de justiça aplicada pelo gato Fury ao rato, e só pelo facto de por vezes sermos superiores ou com mais poder do que os outros,  não devemos utilizar a nossa superioridade para fazer da nossa razão a lei.

Esta passagem é fruto da imaginação de Alice e por isso tudo é possível, pois a sua imaginação não tem limites.

Poema de Alice no País das Maravilhas

Depois daquilo que já analisámos nas aulas em relação a esta obra, já percebemos que o Mundo real e o Mundo de Alice, são dois mundos totalmente distintos.
Alice tem um Mundo próprio, no qual é movida pela sua imaginação, onde esta nunca atinge os limites.
Esta passagem recai novamente sobre um tópico que ja foi referido anteriormente, o facto de animais comerem outros animais, mas esta passagem enquadra-se no tema da justiça.
Como sabemos, no Mundo real a justiça é, supostamente, algo bom, que aplica as Leis e que combate o mal... Mas no Mundo de Alice é o contrário, é algo falso que serve para enganar.
Nste caso, a Fúria que queria comer o Rato, chamou-o a tribunaltentando acusá-lo de algo que não fez, chamando assim a sua atenção.
Podemos interpretar que nesta passagem, a Justiça representa um meio intermediário para praticar o Mal.
Estamos perante uma situação de contraste sobre a justiça, o que serve para intensificar ainda mais a ideia de que os dois Mundos são completamente diferentes!




10ºB
nº23

Alice no País das Maravilhas

  Alice quando conhece o rato apercebe-se que este não gosta nem de gatos nem de cães. Isto suscitou-lhe interesse, ao ponto de fazer pressão ao rato para que este lhe expplicasse o porquê de não gostar.
  Nesta passagem o rato dá-lhe a tal explicação. Basicamente, este tem medo por ser um animal menor, pois segundo a lei da vida animal os ratos são ingeridos pelos gatos.
  Podemos comparar o rato com Alice. A menina quando está pequena tem medo dos grandes e quando se encontra grande não tem medo de ninguém, contudo poderemos perceber melhor este lado após a leitura do capítulo quatro, pois quando se encontra pequena até medo do coelho tem.
  Porém existe também outra comparação, com o mundo real. Na nossa realidade o "maior" ou "menor", dito por outras palavras o "superior" e o "inferior", estão bem presentes. Aqueles que têm maiores capacidades e conhecimentos no mundo, aproveitam-se dos que realmente têm de trabalhar. Os governantes e os jurados são exemplos de pessoas assim.

Alice no País das Maravilhas

Neste texto o rato explica à Alice o motivo pelo qual não gosta de cães nem de gatos.
 Conta-lhe que em tempos se viu numa situação injusta e complicada, em que uma cadela chamada Fúria o tentou enganar e assustar dizendo que o ia condenar por injúria capital, simplesmente por o querer comer. O rato, talvez tentando disfarçar o seu medo, foi na conversa dizendo que isso era um disparate e que ele não ia ser julgado pois nem sequer tinham juiz ou jurado. A Fúria, mostrando que o rato não tinha escapatória possível, disse que ela seria o juiz e o jurado.
O conceito de justiça que esta historia me transmite é que os mais fortes prevalecem sobre os mais fracos e dominam as situações, simplesmente porque podem e mesmo que injustamente. Isto porque a cadela tentou intimidar o rato e disse ser ela a juiz e jurada, ou seja, disse que ela é que decidia, simplesmente por ser mais forte e mesmo não tendo razão, o rato não tinha escolha nem voto na matéria, pois ele não tinha como se defender.

O Conceito de Justiça em "Alice no País das Maravilhas"

A Justiça no livro "Alice no País das Maravilhas" é um conceito um pouco egoísta, ou seja, no mundo de Alice os tribunais, os juízes, os jurados e até as próprias leis não interessam, o que realmente interessa é o castigo da pessoa a ser condenada e nada mais.
O excerto escolhido exemplifica essa afirmação. O Poema trata de uma conversa entre um gato e um rato, onde o gato quer levar o rato a tribunal. Porém, o rato diz que não valia a pena haver tribunal, pois não haviam nem juízes, nem jurados, na vida real sem estes componentes não haveria de facto tribunal. Mas, não estamos no mundo real, estamos no mundo de Alice onde a justiça em si é um ponto muito diferente. O gato então conclui dizendo que ele próprio vais ser os juízes e os jurados, porque ele só quer condenar e castigar o rato.
Para concluir queria dizer que, mesmo que não exista a justiça no mundo de Alice como nós vemos no mundo real, há de facto um importante factor que de certa forma "apaga" os outros factores do meio . . . a concdenação.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Alice no País das Maravilhas

Nesta passagem do texto de “Alice no país das maravilhas”, existe um diálogo entre o Rato e o Fúria, a cadela. Muitas vezes ao longo da obra de Alice, existe a relação entre a presa e o caçador, e este poema expõe essa ideia. O Fúria ao dizer ao Rato que ele foi condenado por injúria capital, está a tentar dizer indirectamente que o Rato não terá escapatória e em breve será comido. O Rato espantado com a sua ordem, acha que ele não está a falar a sério e que tudo não se passa de um meio para o assustar. Ainda acrescenta que não o poderá julgar por não haver membros do jurado, e com isto a cadela responde que ele mesmo será o juiz e o jurado, pois é ele que decidirá se o irá comer ou não.
Neste caso a palavra “justiça” tem muito a ver com a passagem referida. Por vezes quem tem a vida do acusado nas mãos são os membros do jurado que irão decidir como ele irá passar o resto da sua vida, e isso relaciona-se com a vida em risco do Rato imposta pela cadela.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Poesia

Poesia
Para que a comunicação entre as pessoas seja possível, a maioria das palavras tem uma definição que à partida é idêntica para todos nós. No entanto todas os vocábulos têm uma subjectividade inerente…
Todos vemos as coisas de forma diferente e o valor que lhes é conferido também diverge.
A poesia não é exepção, temos uma ideia do que significa, contudo cada um possui a sua própria percepção relativamente à mesma, seja pela forma ou pelo conteúdo.
Para mim a poesia é mais do que um jogo de palavras construído com o objectivo de rimar e soar harmoniosamente, porque assim sendo todos nós seríamos poetas.
Quando leio um poema hoje, consigo compreender precisamente a mensagem que me parece mais relevante, o que não significa que quando o ler amanhã o interpréte da mesma forma, porque a real poesia não é aquela que está escrita em versos e forma um grandioso peoma.
A verdadeira poesia está na cabeça e no coração do poeta e só um autêntico autor consegue transpô-la para as entrelinhas de um poema.
A singularidade de encontrar conceituados poemas, está na procura de os interpretar tal como o escritor o projectou e concebeu.
Para mim, poesia não é a que deslumbra à primeira vista, mas aquela que nos oferece alguns obstáculo e que requer uma redobrada atenção e disponibilidade da nossa parte.
É esta a linha ténue que separa os versos que pela sua forma aparentam ser poesia e um poema que através do seu conteúdo transparece poesia.