domingo, 30 de setembro de 2012

"A democracia existe em sim mesma desde que se verifique o exercício do voto pelos cidadãos"

Oriunda da palavra grega “demos = povo”, a democracia, baseia-se em princípios e práticas, tendo em vista a liberdade humana. É através da democracia que se garantem os direitos humanos, sendo exemplo disso a participação ativa na eleição do poder legislativo e executivo, a liberdade de expressão e até a escolha da religião.
Embora o direito ao voto dos cidadãos portugueses tenha surgido em 1822, foi através da Constituição Portuguesa de 1976 que se consagrou esse mesmo direito.
Os regimes democráticos entenderam que o voto seria a maneira mais adequada de o povo expressar as suas ideologias (politicas, sociais e morais).
O exercício do voto dos cidadãos permite a eleição de deputados, os quais representam a vontade do povo na Assembleia da Republica.
Para tal, os cidadãos tem de ter uma postura correta na sua decisão, e principalmente acesso à totalidade de informação, ou seja, ideias e opiniões, que não sofreram qualquer tipo de censura.
O voto, mais do que um direito, é um dever cívico, ao qual todos os cidadãos devem corresponder, pois desta forma têm a garantia de viver num regime democrático.

"A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo."
(Abraham Lincoln)


Andreia Rodrigues

Será que a democracia existe em si mesma desde que se verifique o exercício do voto?


     A democracia acenta numa sociedade de direitos e deveres. A responsabilidade cívica dos cidadãos através do voto é uma das principais componentes deste regime, garantindo assim a sua liberdade de expressão. No entanto, tal como os estes não têm apenas direitos, o sistema democrático não pode apenas ser definido como a liberdade de escolha. 
Os democratas entendem que uma das suas principais funções é proteger os direitos humanos fundamentais e garantir que estes tenham oportunidade de organizar e participar plenamente na vida política, económica e cultural da sociedade. No entanto, garantir esta intervenção do ser humano na sociedade não significa que este se encontre perante uma democracia total. 
As sociedades democráticas deviam estar empenhadas nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso e reconhecem que chegar a um consenso requer compromisso, mas que isto nem sempre é realizável, no entanto esquecem-se que “a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”. 
É preciso uma evolução gradual para o desenvolvimento. Não é de um dia para o outro que uma crise começa, por isso também não vai ser num abrir e fechar de olhos que uma crise vai acabar. Será que ver apenas a palavra austeridade é um reconhecimento da tolerância que uma democracia exige para com os cidadão? 
Ninguém acredita no fim de uma crise sem medidas mais austeras e com alguns cortes em gastos supérfluos  no entanto, não é com a mentalidade de acabar com tudo de uma vez só que os cidadãos vão sentir o esforço para a estabilidade do seu país, porque aí também têm o direito de dizer: eu tenho o dever de pensar que a minha liberdade acaba onde começa a de outro cidadão, mas então e onde está a tolerância e a cooperação dos governantes que eu escolhi para a minha sociedade? Sim, porque o povo escolhe, é verdade, mas infelizmente as campanhas eleitorais são organizadas apenas com base nos pontos mais altos de um partido e na maioria das vezes os pontos mais fracos superam qualquer ponto forte. 
É verdade que nem sempre os cidadãos são dignos desse nome, no entanto não é sem bases de tolerância e compromissos sérios e realistas que vão mostrar que o são. É preciso um esforço de ambas as partes para que seja construída uma sociedade forte e com o verdadeiro espirito democrático. É preciso esforços dos dois lados para que seja possível definir a democracia não só como o acto eleitoral, mas também como uma junção da cooperação, do compromisso e da tolerância por parte de toda uma sociedade. 

Catarina Torrinha 

Democracia

   A democracia é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos, por meio de votos.
   Um determinado país tem que eleger um representante político que toma as decisões em nome do povo. A população pode também expressar a sua vontade por votar num assunto particular. Com isto, podemos dizer que o futuro do país está, direta ou indiretamente, nas mãos de cada cidadão. Se o exercício de voto pelos cidadãos cessar, a democracia deixaria de funcionar, pois o povo deixaria de fazer parte das decisões políticas do país de residência. 
   Na obra "Os Lusíadas" de Luis de Camões, no canto X, podemos encontrar a reflexão do poeta. Nesta parte da obra, o autor exprime o seu orgulho naqueles que continuam dispostos a lutar pela grandeza da pátria e afirma a sua esperança de que o Rei saiba aproveitar essas energias para dar continuidade à glorificação de Portugal. 
   Este é apenas um dos exemplos que nos faz reconhecer a importância do contributo do povo para o governo de um país. Sem a população a democracia não funciona, logo o país também não irá funcionar, pois o estado não tem em vista o bem comum do povo.