sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pedro, o cru - de António Patrício

Pedro, o Cru - Síntese da Apresentação

                Este livro conta-nos o estado emocional de D. Pedro após sete anos da sua amada D.Inês ter falecido.
                Neste livro há dois tópicos fundamentais.
O Primeiro é o facto de o Rei D.Pedro ser um Rei justiceiro, nunca recusva dar esmola ou pão a quem quer que fosse. No entanto, existe uma passagem fundamental que nos mostra o quanto justiceiro ele é. Quando ele quebra a promessa que tinha feito a seu pai. Seu pai foi quem deu a ordem para matar D.Inês, é certo que foi influenciado mas foi ele. Na altura D.Pedro prometeu ao seu pai nunca se vingar dos conselheiros que tinham acabado com a sua amada. Porém, tal não aconteceu, Pedro persegue-os e acaba mesmo por matar dois deles. Aqui nesta situação a justiça pode ser equiparada à vingança, pois só a vingança saceou o seu desejo.
O Segundo tópico fundamental neste livro é o amor, o que uma pessoa sente quando perde a pessoa de quem ama.
E em D. Pedro houve três reacções óbvias e presentes em todo o livro. O Desespero dele, que é notório essencialmente numa passagem. Quando ele vai ao convento desenterrar D.Inês, no intuito de a levar para Alcobaça para a coroar como rainha. Nessa passagem o Rei faz questão que seja ele próprio a desenterrar Inês e quando a vê fala com ela como se esta ainda se encontrasse viva, daí muitas pessoas até pensarem que ela chegou a responder ao seu Pedro.
Outra reacção que penso estar presente é a obcessão. O Rei passa o tempo todo a falar sobre a sua amada, do último dia em que a viu e faz tudo em prol dela. Posso mesmo afirmar que 60% do livro está o Rei a dialogar com a sua Rainha.
Por último , destaco a loucura. A loucura engloba os dois conceitos que disse anteriormente, a obcessão e o desespero, mas realça os mais, e faz-nos perceber que estes sentimentos em conjunto já funcionavam como uma doença para o rei. Porém não penso que este mesmo que soubesse que tinha esta doença se quisesse curar, porque apesar de uns anos após à coroação ele se ter casado, nunca esqueceu a mulher da sua vida, D.Inês de Castro.
Na minha opinião, este livro foi bem mais interessante do que eu estava à espera e os seus pontos base é mesmo o amor e a justiça vingativa . Permite-nos também perceber melhor como era o nosso rei, pois eu não tinha nada uma ideia construída a favor dos governantes monarquicos e este livro ajudou-me a compreendê-los.

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