sábado, 8 de outubro de 2011

"O Idiota" - Fiódor Dostoiévski


Fiódor Dostoiévski, escritor russo do século XIX, viveu antes da revolução soviética, durante o reino do czar. Escreveu vários livros todos eles com o objectivo de criticar a sociedade, a Rússia e a própria natureza humana. Dostoiévski viveu perto de um cemitério para criminosos, de um hospital psiquiátrico e de um orfanato. Foi também exilado para a Sibéria por fazer parte de um grupo que era contra o governo. Tudo isto que ele viu e experienciou afectou a sua escrita. Todas as críticas dos livros que escreveu, foram todas criadas a partir do que vivenciou. Dostoiévski foi assim influenciado pelo pior do mundo e das pessoas.
O Idiota, um dos livros de Dostoiévski, é assim, tal como os outros, uma crítica às pessoas. O livro fala sobre um príncipe que sofre de epilepsia e que por isso passa quatro anos a receber tratamento na Suíça. Após o seu tratamento, o príncipe parte para a Rússia à procura de uma parente afastada de forma a poder estabelecer ligações e poder assentar na Rússia. O que acontece depois é a vida do príncipe na Rússia e as relações que estabelece com os outros. O problema é que o príncipe, só tem nobreza no coração. O príncipe não é rico em dinheiro, mas sim rico em bondade. Dostoiévski tenta assim mostrar o que poderá acontecer a uma pessoa cheia de bondade numa sociedade como a nossa.
Durante todo o livro, o príncipe é visto como um idiota devido ás acções que tem. A sua bondade leva-o a agir, na sua inocência, de forma “prejudicial” para quem se encontra à sua volta. Quer seja por inveja, por ter estragado os planos de alguém, etc. O príncipe com a sua bondade cria mais inimigos que amigos e é isto que Dostoiévski tenta mostrar, que num mundo como o nosso, a natureza humana funciona deste modo, nem as pessoas nem a vida são justas. Idiota não por ser parvo, mas sim por ser demasiado bondoso. È isto que o livro crítica, a natureza humana perante a bondade.

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