terça-feira, 16 de outubro de 2012

Relação entre as últimas estrofes da obra e primeiras estrofes do canto I


  Nas primeiras estrofes do canto I, encontramos a primeira parte da obra “Os Lusíadas”, denominada por Proposição. Aqui, o poeta, propõem-se a “cantar” os feitos do povo português, que segundo Camões tinham navegadores que arriscavam e faziam mais do que prometia a força humana.
  Na segunda estrofe deste canto, Camões diz que espalhará os feitos do povo português, “Cantando espalharei por toda a parte/ se a tanto me ajudar o engenho e a arte”.
  Na terceira estrofe, o poeta realça a nossa importância, através dos versos “Que eu cante o peito ilustre Lusitano/ A quem Neptuno e Marte obedeceram” querendo assim dizer que eramos tão grandiosos que até os Deuses nos “obedeciam”. E também através de “ Cessa tudo o que a musa antiga canta/ que outro valor mais alto se levanta” querendo dizer que se tem de calar tudo, porque agora se vai falar de Portugal.
   Nas últimas estrofes da epopeia, Camões diz que não lhe faltou nem estudo, nem experiência, nem engenho e que é raro se encontrar tais características em simultâneo.
  O poeta fala ainda dizendo que está ao serviço da pátria tanto para escrever como para combater e acrescenta que está disposto a descrever os feitos de D.Sebastião e que até “Alexandro” terá inveja dele.
   Concluindo, nas primeiras estrofes o poeta propôs-se a contar os feitos de Portugal e nas últimas estrofes este diz o que fez. Podemos interpretar estas últimas como auto-elogios em que o poeta está ciente de que o que fez foi grandioso e que só lhe falta mesmo é o louvor de D.Sebastião, a quem é dedicada a obra.
   Camões sente-se orgulhoso, ppois conseguio descrever os feitos gloriosos e que não lhe faltou nem inspiração nem acontecimentos.

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