segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A Democracia só existe em si mesma se houver o exercício do voto pelos cidadãos.

Sem dúvida! Não tomando apenas esse como a única obrigação que o indivíduo tem perante a sociedade e direito que lhe foi atribuído após uma luta de anos pelos seus antecedentes, o voto neste momento é o único acto que permite uma oportunidade de decisão e poder, pela sua nação, aos cidadãos. No entanto, este indirecto modo da população participar nas decisões sobre a administração pública - Democracia Representativa - nem sempre é feito baseado nos ideais de uma democracia ou até mesmo feito por indivíduos aptos, tanto para eleger como para governar.

A palavra democracia à letra - demo kratia - é uma forma de governar baseada na soberania popular e na distribuição equitativa de poder, havendo igualdade entre todos os cidadãos como base. Tomando agora como a primeira forma de democracia representativa, pois é disso que se fala, Atenas no século V a.C. (aproximadamente). Tanto perante a lei como perante o poder na assembleia, utilizavam um sistema de sorteio, evitando assim que uma classe de profissionais actuassem separadamente do povo. Contudo, havia uma falha no sistema ateniense. Nem toda a gente que era sorteada tinha capacidade de tomar as melhores decisões para a sociedade.

Voltando à actualidade, pergunto-me:
Quem deve reger o estado? Todos os cidadãos ou a minoria apta para tal?

Logicamente que a segunda opção é a mais acertada, daí ter surgido então a democracia representativa como base das actuais democracias ocidentais. Teoricamente, funcionaria como a democracia ideal, cada cidadão faz-se representar por outros concidadãos que elegem directamente por maioria de votos, no entanto nada tem de perfeito ou sem defeitos, apesar de ser o melhor que se conhece, dando assim a hipótese e o dever de aperfeiçoá-lo.

Como?!

Tendo em conta o que foi dito há pouco, apenas especialistas devem reger o governo. E por que razão não estão os cidadãos aptos para tal encargo? Se numa sociedade só deve governar quem sabe, então ensine-se o povo a saber!
Educação, instrução e igualdade de oportunidades seria um bom começo. Apenas deste modo uma democracia seria perfeita.

Um pouco utópico? Talvez, embora não seja algo que se fizesse em duas, três ou quatro gerações, mas seria bom começar nesse sentido. A realidade é que o caminho da democracia tem seguido num sentido oposto ao que é proposto. Em vez dos nossos governos investirem fortemente na educação e instrução dos cidadãos, tudo têm feito para o evitar pois só estão no poder e seguros, com um povo estúpido à sua volta.

Acabo assim este discurso apresentando duas das soluções possíveis neste momento:
          a) Revolução popular do género "25 de Abril" com apoio militar, defendendo os verdadeiros valores da democracia;
         b) Prioridade obrigatória de qualquer governo - educação, saúde, paz, Pão e Habitação (no mínimo).

Outras opiniões em relação a este tipo de assunto não vou referir pois são semelhantes a muitas dos meus colegas. Como tal, não é só uma pessoa a partilhar uma opinião, e não deveria ser apenas um restrito número delas a agir, defendendo-as.
Cabe a esta e às próximas gerações a capacidade de mudança e atitude perante estas situações, começando por terem a noção de valor, respeito, e ao mesmo tempo instrução e educação.

Sem comentários:

Enviar um comentário