domingo, 14 de outubro de 2012

Idade do Ouro, Ilha dos Amores, Perfeição

  Depois da Terra finalmente ordenada, quando passou de uma simples massa espessa e sem forma para se tornar num sitio maravilhoso, onde o mar, os lagos e os rios tomaram os seus cursos, a terra tomou as suas formas, os ventos instalaram-se cada um no seu ponto e o alto éter, puro e pacifico, onde os deuses viviam se distancio, se separou do magnifico céu, começou a Idade de Ouro.
  Uma Era tão nobre, tão maravilhosa e perfeita que o Homem não sabia o que eram regras, nunca ouvira falar em leis, castigos ou ameaças. Era um ser livre, não imaginava sequer o que era maldade. A terra dava frutos sem ser preciso trabalhá-la. Era uma Era de Amor.
  Tal retrato, tão puro e magnifico parece-nos magico tal como a Ilha dos Amores descrita por Camões. Esta ilha é, também, um sitio magico, um sitio onde homens se tornam lendas imortais. Um sitio que foi permitido aos portugueses ver e experienciar devido aos seus atos heróicos. Tal ilha era a única recompensa digna dos feitos dos portugueses na sua viagem, qualquer recompensa abaixo de imortal e divina seria menosprezar os portugueses. Na ilha tornaram-se imortais, conheceram o amor e a magia.
  Podemos então dizer que a Ilha dos Amores é um lugar de paz e harmonia, amor e perfeição, o lugar ideal... tal como a Idade de Ouro que  Ovídio descreveu, um sitio mágico ao qual o Homem perdeu o direito de ver e só uma escassa minoria têm hipótese de alcançar.

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