É um conceito filosófico criado por Descartes (século XVI) para designar tudo o que se faz ou acontece de novo. É também relacionado com outros dois aspectos da argumentação: Logos e Ethos. A noção de pathos e seus desdobramentos são objecto de estudo nas mais diversas áreas do conhecimento e das várias tendências dentro das ciências da linguagem.
Pathos (do grego "sofrimento" ou "experiência") relaciona-se com as paixões, os sentimentos, as emoções despertas.
De referir que o pathos discursivo refere-se ao afecto que o orador (sujeito enunciador) demonstra sentir, no discurso que profere, pelo auditório, ou seja, pelo sujeito destinatário. Um apelo ao pathos incentiva ao auditório não só uma resposta emocional como também a forma de este se identificar com o ponto de vista do autor. Os valores, as crenças e os conhecimentos deste estão subentendidos na história e são transmitidos através da imaginação para o leitor.
Se, por exemplo, um autor quer que o leitor avalie algo negativo, pode tentar despertar a raiva do leitor. Ou se quer que se produza uma acção em benefício de alguém, o autor tem que insistir na nossa compaixão.
Pode-se então concluir que o pathos relaciona-se não só com o lado emocional e imaginativo do leitor, como também com a capacidade que a mensagem do autor tem para o público em questão. Assim, estes criam uma imagem positiva das suas palavras e fazem com que os leitores tomem certas decisões.
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