quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O porquê de ser considerada uma tragédia dramatica

Não há um conjunto de regras fixas e usadas por todos os escritores para escrever uma tragedia. No entanto, Aristóteles, teorizou que uma tragedia, para ser reconhecida como tal devia possuir certos elementos como: hybris (o desafio, a revolta da personagem), pathos (o sofrimento), ágon (o conflito), peripécia, anagnonise (reconhecimento), catástrofe e kathersis (catarse).
  Seguindo estes parâmetros podemos afirmar que a obra “Frei Luís de Sousa” é uma tragedia pois mais de uma personagem depara-se com a sua hybris, temos por exemplo, a de Manuel quando ele se revolta e deita fogo á sua própria casa; podemos ter como exemplo de pathos o de Telmo que sofre devido á dúvida que tem sobre a morte de D. João de Portugal; temos o ágon de Madalena que tem um conflito interior, com ela mesma ao logo da obra; entre outros…
  Em relação á parte dramática: a palavra drama tem diversos sentidos mas quando aplicada á escrita de textos deve ser considerada como um texto escrito feito para ser representado, de caracter sério, com didascália mas sem narrador, relata a história das personagens passada no presente, normalmente tem um final amargo mas tal não é fundamental pois pode ter momentos de alta tenção sem que eles resultem na morte de alguém, deve ser escrito em prosa. Almeida Garrett diz-nos que, na sua opinião, o drama esta mais concentrado em elementos exteriores ás personagens, coisas que elas não podiam de maneira alguma controlar, do que a tragedia.
  Na obra “Frei Luís de Sousa” temos características dramáticas como, o texto escrito em prosa; as personagens são honestas mas no entanto acontecem-lhes infortúnios, não havia maneira de os evitarem, são exteriores ás personagens.
  Podemos com isto concluir que a obra de Almeida Garrett é uma tragédia dramática.  

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