Este
poema remonta à figura mítica, Ulisses como herói mítico, para explicar a
fundação da história de Portugal.
Esta
figura, conhecida como o navegador errante, antecipa também o destino marítimo
do país.
Mas
de que modo poderá então o mito relacionar-se com o nascimento da história
lusitana?
Através
do início paradoxal deste poema, “O mytho é o nada que é tudo”, o leitor
percebe que está implícita uma grande importância no fator mitológico, sendo
este essencial para a existência do país português. É através do mito que as
ações do Homem obtêm a eterna memória nas gerações seguintes, caso contrário,
não se estaria agora a falar de história nenhuma pois, como é dito no poema,
nada se pode basear apenas no factual histórico, no objetivo porque uma única situação
pode ser vista de várias perspetivas e nunca se chegaria a ter algo minimamente
coeso para ser relembrado, estaria constantemente em mudança. Neste caso, a,
realidade, a história como ela foi, dá lugar ao mito para que esta se eleve a
um patamar superior.
Independentemente de terem existido ou não os
heróis fundadores de Portugal o que realmente interessa é que todos tenham
funcionado com força do mito e que esta funcione como que um “motor ”para as suas
ações.
Nos Lusíadas canto VIII estrofes 4 – 5 é recuperada a lenda
fundadora de Ulisses, atribuindo-lhe a
fundação de Lisboa.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar