quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Apresentação Oral

     A obra que apresentei tem como título “As vinhas da ira” (As vinhas significavam o verde da Califórnia – fartura de alimento e de trabalho; Ira significa o castigo, a vingança e a fúria dos produtores), foi escrito por John Steinbeck em 1939, o que o levou a ganhar o prémio de literatura em 1962.
     Este livro é o retrato detalhado de uma família que vivia numa época conturbada da história norte-americana (Grande depressão), é feito através de uma narração, contendo também protestos políticos do narrador.
    
A personagem principal, Tom Joad, regressa a casa, saído da prisão e reencontra a sua família, já preparada para abandonar a sua terra natal. Com o pouco dinheiro que lhes resta, compram um velho caminhão e seguem viajem. Durante o percurso, a família cruza-se com outras que caminham na mesma direcção e intenção, seduzidos por promessas de trabalho e de bons salários.
     Ao lermos o livro percebemos que o autor t
oma posição a favor de um determinado estrato social e coloca-se como simpatizante e defensor da "causa camponesa", lutando ao lado do povo.
     Grande parte desta história narra um período da vida de uma família de camponeses, os Joad, que trabalham na terra desde sempre. Tom, o segundo filho, acaba de sair da prisão e retorna à casa da família, encontrando o lugar absolutamente devastado e abandonado. Decidem seguir caminho devido à motivação de folhetos publicitários que convocam trabalhadores iludidos por sonhos de que encontrarão um paraíso em seu destino.
     O autor
intercala os capítulos que contam a saga da família Joad, com alguns ensaios político, económico e sociais que, numa linguagem arrebatadora, são pequenos manifestos de Steinbeck. Neles o narrador toma a palavra para si, deixando seus personagens em segundo plano, para logo fazê-los retornar ao centro a fim de provar com um exemplo particular o que tinha acabado de dizer.
     O livro não tem conclusão, nunca sabemos se os Joad chegaram a bom porto ou não. O realismo deste romance leva-nos a reflectir sobre a forma como vivemos uns com os outros, como fechamos os olhos a tantas injustiças que passam à nossa volta, mas também como no final podemos ser solidários com quem precisa. É uma história de protesto mas também de esperança.
 

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