quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Apresentação oral

A ação do livro passa-se no século XVIII, na França. Jean Baptiste Grenouille passou por grandes rejeições a começar por sua mãe, que o abandonou sob uma banca de peixes esperando que ali morresse como todos os outros cinco filhos que tivera. Mas por algum motivo sem explicação, em meio de tanta sujeira e condições precárias para um recém-nascido, contrariou todas as expectativas e sobreviveu à negligência de sua mãe e aos maus tratos de todos os outros durante o decorrer de sua infância.
Com um olfato apurado, a cada dia demonstrava grande obsessão por odores.
O olfato era sua única via de reconhecimento e relacionamento com o mundo. Jean Baptiste dizia conhecer todos os odores do mundo, mas o que parecia chamar mais a atenção era o odor feminino. Tanto que, a partir desta obsessão, se transforma num assassino em série, tentando capturar o cheiro de mulheres, mas em vão, pois percebeu que aquele era um cheiro particular e não poderia ser encontrado em mais ninguém e nem retirado daquele corpo.
O jovem conhece um perfumista e consegue um trabalho mostrando seu talento e acaba fixado na idéia de capturar o cheiro de todas as coisas, com a intenção de capturar aquele cheiro que tanto lhe provocou prazer e frustração.

Como a lembrança do prazer de ter sentido o cheiro de sua primeira vítima, sempre lhe vinha à memória, Jean decidiu capturar o cheiro das mais belas e puras mulheres que encontrasse para reter suas essências e fazer o perfume perfeito.
O jovem consegue extrair toda a essência da pureza, beleza das garotas, vítimas de sua obsessão, criando um perfume que tinha de todas estas boas características de um modo concentrado, tornando esta essência capaz de manipular as pessoas.
Jean Baptiste percebeu o poder que tinha em suas mãos, e quando estava para ser condenado pela morte de suas vítimas fez uso do perfume inebriante manipulando todos ao seu redor, fazendo com que o vissem como inocente, com uma pureza tão grande, sendo comparado até com um anjo. Ele utiliza o perfume para dar a ele mesmo essas características e neste momento aquela pessoa que não possuía identidade e cheiro, estava ali com uma identidade invejável, tão boa que não poderia ser condenado.
Assim, Jean Baptiste retorna ao local de sua infância, levado pelo cheiro de suas lembranças: um lugar mal-tratado, esquecido pela sociedade, onde as pessoas não tinham nenhum respeito por si e pelos outros. Acaba derramando o perfume todo sobre si e é devorado (literalmente) pelo amor daqueles que sempre o rejeitaram.
 OPINIÃO: Passou no anonimato toda uma existência, vivendo na penumbra, sem conhecer afeto algum. E era esta a sua luta. Ele conhecia as pessoas pelo cheiro, sabia quem eram e o que faziam, mas não conseguia se aproximar de ninguém.
Grenouille não tem consciência, não conhece a moral nem se preocupa com nenhuma forma de vida superior a ele. Grenouille não sente a culpa pois, na verdade, ele não sente nada do que é humano. Acumulando recordações em forma de cheiros, ele vive obcecado com a sua própria ausência de odor. É isso que, o levará a assassinar sem nunca perceber, realmente, o que era matar, pois para ele, ao preservar o odor das suas vítimas, garantia-lhes a única forma de vida livre possível.
Posso concluir que Jean, desprezado pela sociedade, comprometeu-se a criar um perfume único, de uma maneira cruel, para chamar a atenção e para ser reconhecido pela sociedade.
Silvia Amaral

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