terça-feira, 15 de março de 2011

   Conceito de justiça contido na página 35 do livro “Alice no País das Maravilhas”

Neste excerto podemos encontrar uma critica implícita à justiça.
  Ao iniciarmos a leitura nesta passagem da obra, o primeiro nome que surge é “Fúria”, uma  denominação que nos remete para uma conotação negativa, sendo esta a imagem tida pelo rato, que simboliza o réu e todos os cidadãos,   que olham para a justiça com alguma dúvida.
  Depois o rato apresenta o motivo pelo qual o querem levar a tribunal, e mostra também, que, apesar de ser infundado na sua prespectiva, a forma como isso é vantajoso para a cadela, que tinha desde o início o intuito de o comer.
  O rato diz claramente não gostar de cães e explica que esta inimizade, se deve ao modo como aquela cadela agiu consigo, mostrando um profundo sentimento de injustiça.
  Outro dos aspectos que podemos deduzir neste excerto, é o poder absoluto que é assumido pelos tribunais o que nem sempre os permite actuar da forma mais correcta; podemos observer esta critica quando a cadela assume um papel totalitário dizendo ser juiz e jurada, de modo a poder proceder como ambicionava.
  Podemos também concluir através do efeito visual apresentado por esta passagem, que a justiça é longa e turtuosa, tal como o angústia daquele rato em relação ao que à partida deveria ser e a maneira como realmente funciona.
  Numa outra vertente, podemos observar o domínio dos mais poderosos em relação aos desprotegidos, como nos é apresentado ao longo do livro e nesta história específicamente pela relação estabelecida a nível alimentar entre os animais.
  O conceito de justiça para o autor em nada corrobora com a forma que é aplicada; demonstrando-o através desta narração.

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