Morrer é só deixar cair os braços,
ser indiferente a tudo: à Vida e à Morte...
e olhar com olhos d'amargura, baços,
a Primavera, o Outono, o Sul, o Norte...
Ter sede e nem sequer ir procurar as fontes,
ter amor e fugir ao seu alento
e errar na paz suavíssima dos montes
como num pôr-de-sol vago e nevoento...
Morrer é olhar toda a miséria ardida
e não poder chorar sobre uma rocha tosca
como chora quem vive: o mar, a luz fosca...
É não ter olhos para a dor da Vida,
nem esperança na Morte, nem saudade,
ser indiferente so sol, à lua, à tempestade...
Rita Patrício
Olá Rita, já deixaste o teu poema. Isso é bom. Se puderes, acrescenta a referência ao autor.
ResponderEliminarPoema de António Patrício
ResponderEliminar